Diga um verso!
Que verso?
Um verso que verse
sem precisar rimar
Que venha e vá
como eco incerto
verso sem tradução
Sem emoção, talvez,
Mas que verse.
Um verso pelo verso
Verso pelo avesso
Um verso eu mereço.
Me atrevo!
Aterrada em palavras
E pensamentos...
Um verso que entrelace
Os sentimentos, os medos, as loucuras
As lacunas, os vazios invisíveis
Indizíveis da alma.
Então Diga.
Diga, vá!
Diga o que quero ouvir
O que não me atrevo a dizer
Não se cale
Em meias palavras
Não se apegue em detalhes
Fale-me de seus medos
Seus sonhos, seu sono
Dos pesadelos tambem.
E, claro, dos desejos.
Faça-me um apelo
Sussurre, grite!
Balbucie em meus ouvidos
Tudo o que não pode
Não deve ser ouvido
Mas deve ser dito
Por você e mais ninguém.
A noite é calma, calada
Morna e branda
Entediada.
Será?
adorei seu texto. esta lindo, é talvez o grito que muitas vezes queremos dar mas que calamos. Parabéns amigo. bj
ResponderExcluirmais uma vez e adorei esta um grito que inunda o mundo, que todos sentem e todos calam. adoro o que voce escreve
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