sábado, 26 de outubro de 2013

O pássaro negro


Neste mundo onde as liberdades são utopias
Inventamos a liberdade e a prisão.
Possíveis apenas em parte, sabemos,
Não há prisão ou liberdade total.
Do total, da soma dos nós,
Não se tem notícia aqui do meio.


O pássaro negro observa do topo do prédio.
Ao fundo, o céu nublado,
Sempre recortado
Coberto por nuvens, ou em dia claro
Montanhas emolduram os céus
Prédios definem recortes, navalhas...


O pássaro observa
Eu observo o pássaro
Observo a escrita que observa
Observou?
Eis aqui nossa cegueira e nossa luz
Ponte dos séculos.


Sávio Damato.

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