Faço um desavesso às avessas
Tampo com as mãos os olhos, os ouvidos,
Tento estancar a respiração e oprimir o coração
Na expectativa de também não sentir o que dele sai.
O que busco?
Busco isolar-me de mim
Na busca de ver mais além.
Quero que o ponto seja mancha,
Sejam várias as manchas.
E que elas se multipliquem.
Quero que a visão limitada ao ponto
Se dilua e faça parte de tudo.
Quero ver o mundo com os olhos de todos.
Quero me transportar para dentro
De cada criança, velho ou adulto.
Para dentro de cada cego, surdo e mudo.
Não quero ver apenas com olhos perfeitos,
Quero o defeito, o feio, o bruto.
Para ser completo
É preciso se partir em pedaços.
Dez mil são poucos.
Quero ver com os pés e as mãos,
Que cada poro seja visão
Para o mundo me engolir.
E assim eu seja mundo.
Os muitos mundos de cada um.
Tampo com as mãos os olhos, os ouvidos,
Tento estancar a respiração e oprimir o coração
Na expectativa de também não sentir o que dele sai.
O que busco?
Busco isolar-me de mim
Na busca de ver mais além.
Quero que o ponto seja mancha,
Sejam várias as manchas.
E que elas se multipliquem.
Quero que a visão limitada ao ponto
Se dilua e faça parte de tudo.
Quero ver o mundo com os olhos de todos.
Quero me transportar para dentro
De cada criança, velho ou adulto.
Para dentro de cada cego, surdo e mudo.
Não quero ver apenas com olhos perfeitos,
Quero o defeito, o feio, o bruto.
Para ser completo
É preciso se partir em pedaços.
Dez mil são poucos.
Quero ver com os pés e as mãos,
Que cada poro seja visão
Para o mundo me engolir.
E assim eu seja mundo.
Os muitos mundos de cada um.
AUTOR: Sávio Damato
Nenhum comentário:
Postar um comentário